VII: Sol
A noite está prestes a terminar.
Acordou, como sempre primeiro que todos. Levantou-se devagar para não acordar os irmãos. O Sol, lá fora ainda não mostrava a sua força, o seu laranja forte.
Não esperou pelo pequeno-almoço, como sempre não haveria. Saiu sem fazer barulho, ainda no caminho vestiu a bata branca oficial das suas aulas e avançou. Atravessou lentamente o musseque. O vento levou-lhe à cara uma velha folha de jornal. Olhou-a era a de necrologia e ele ainda não figurava nela. A frustração de o saber consumia o seu coração sempre que via uma dessas páginas.
Encontrou um dos amigos de escola. O sorriso rápido surgiu e com a mesma velocidade desvaneceu-se.
O Sol já reina.
Chegaram à ponte que atravessa o resto do rio.
A sede e a fome já apertavam. Aproveitam para matar a primeira nos restos de água do rio. Ali há sua frente bóiam restos de algo que poderiam, se estivessem cheios, matar a segunda…
Na escola o mesmo do mesmo de todos os dias. Lá chegados houve tempo para uma partida de futebol com a bola do amigo. Correu bem, ganharam.
As lições chegaram. As janelas partidas permitem manter uma temperatura agradável e aceitável, mas permitem o avanço na atmosfera de mosquitos intrépidos e cheios de veneno biológico. As aulas prosseguem e chega o malgrado teste de matemática. Correu mal…
Seguiu-se o regresso ao musseque com os cambas.
Com eles combinou que iria vender alguns produtos que um deles tinha “comprado” barato a um armazém para a Independência.
O negócio não foi mau. Hoje iria comer.
Depois de comprar a comida e de se refastelar, foi ainda com os cambas a uma pequena festa na Boavista. Lá o cheiro a liamba e a suor enchiam a atmosfera. O que foi acontecendo foi-se desenvolvendo sem controlo. Birra aqui, birra ali, passa ali, passa aqui, troca de carícias além e as coisas tornaram-se mais intensas e quentes. O suor correu e a consumação precipitou-se…
Saindo depois da festa, como pôde, tentava chegar a casa. Ia só.
Ao longe ouviu uma confusão, tiros. Sentiu receio e tentou fugir.
Uma bala foi mais lesta.
A frustração terminaria.
O Sol descansa.
A noite reina.
Acordou, como sempre primeiro que todos. Levantou-se devagar para não acordar os irmãos. O Sol, lá fora ainda não mostrava a sua força, o seu laranja forte.
Não esperou pelo pequeno-almoço, como sempre não haveria. Saiu sem fazer barulho, ainda no caminho vestiu a bata branca oficial das suas aulas e avançou. Atravessou lentamente o musseque. O vento levou-lhe à cara uma velha folha de jornal. Olhou-a era a de necrologia e ele ainda não figurava nela. A frustração de o saber consumia o seu coração sempre que via uma dessas páginas.
Encontrou um dos amigos de escola. O sorriso rápido surgiu e com a mesma velocidade desvaneceu-se.
O Sol já reina.
Chegaram à ponte que atravessa o resto do rio.
A sede e a fome já apertavam. Aproveitam para matar a primeira nos restos de água do rio. Ali há sua frente bóiam restos de algo que poderiam, se estivessem cheios, matar a segunda…
Na escola o mesmo do mesmo de todos os dias. Lá chegados houve tempo para uma partida de futebol com a bola do amigo. Correu bem, ganharam.
As lições chegaram. As janelas partidas permitem manter uma temperatura agradável e aceitável, mas permitem o avanço na atmosfera de mosquitos intrépidos e cheios de veneno biológico. As aulas prosseguem e chega o malgrado teste de matemática. Correu mal…
Seguiu-se o regresso ao musseque com os cambas.
Com eles combinou que iria vender alguns produtos que um deles tinha “comprado” barato a um armazém para a Independência.
O negócio não foi mau. Hoje iria comer.
Depois de comprar a comida e de se refastelar, foi ainda com os cambas a uma pequena festa na Boavista. Lá o cheiro a liamba e a suor enchiam a atmosfera. O que foi acontecendo foi-se desenvolvendo sem controlo. Birra aqui, birra ali, passa ali, passa aqui, troca de carícias além e as coisas tornaram-se mais intensas e quentes. O suor correu e a consumação precipitou-se…
Saindo depois da festa, como pôde, tentava chegar a casa. Ia só.
Ao longe ouviu uma confusão, tiros. Sentiu receio e tentou fugir.
Uma bala foi mais lesta.
A frustração terminaria.
O Sol descansa.
A noite reina.
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