VIII: Largos
Antigamente o Largo era o centro do mundo. Hoje é apenas um cruzamento de estradas, com casas em volta e uma rua que sobe para a Vila. O vento dá nas faias e o vento farfalha num suave gemido, o pó redemoinha e cai sobre o chão do deserto. Ninguém. A vida mudou-se para o outro lado da Vila. (…)
A Vila dividiu-se. Cada café tem a sua clientela própria, segundo a condição de vida. O Largo que era de todos, e onde apenas se sabia aquilo que a alguns interessava que se soubesse, morreu. Os homens sapararam-se de acordo com os interesses e necessidades. Ouvem telefonias, lêem os jornais e discutem. E. cada dia mais, sentem que alguma coisa está acontecendo.
Manuel da Fonseca, do conto “O Largo” em “O Fogo e as Cinzas” 1951
A Vila dividiu-se. Cada café tem a sua clientela própria, segundo a condição de vida. O Largo que era de todos, e onde apenas se sabia aquilo que a alguns interessava que se soubesse, morreu. Os homens sapararam-se de acordo com os interesses e necessidades. Ouvem telefonias, lêem os jornais e discutem. E. cada dia mais, sentem que alguma coisa está acontecendo.
Manuel da Fonseca, do conto “O Largo” em “O Fogo e as Cinzas” 1951
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