segunda-feira, outubro 30, 2006

VII: Visão africana

quinta-feira, outubro 26, 2006

VII: Sol

A noite está prestes a terminar.
Acordou, como sempre primeiro que todos. Levantou-se devagar para não acordar os irmãos. O Sol, lá fora ainda não mostrava a sua força, o seu laranja forte.
Não esperou pelo pequeno-almoço, como sempre não haveria. Saiu sem fazer barulho, ainda no caminho vestiu a bata branca oficial das suas aulas e avançou. Atravessou lentamente o musseque. O vento levou-lhe à cara uma velha folha de jornal. Olhou-a era a de necrologia e ele ainda não figurava nela. A frustração de o saber consumia o seu coração sempre que via uma dessas páginas.
Encontrou um dos amigos de escola. O sorriso rápido surgiu e com a mesma velocidade desvaneceu-se.
O Sol já reina.
Chegaram à ponte que atravessa o resto do rio.
A sede e a fome já apertavam. Aproveitam para matar a primeira nos restos de água do rio. Ali há sua frente bóiam restos de algo que poderiam, se estivessem cheios, matar a segunda…
Na escola o mesmo do mesmo de todos os dias. Lá chegados houve tempo para uma partida de futebol com a bola do amigo. Correu bem, ganharam.
As lições chegaram. As janelas partidas permitem manter uma temperatura agradável e aceitável, mas permitem o avanço na atmosfera de mosquitos intrépidos e cheios de veneno biológico. As aulas prosseguem e chega o malgrado teste de matemática. Correu mal…
Seguiu-se o regresso ao musseque com os cambas.
Com eles combinou que iria vender alguns produtos que um deles tinha “comprado” barato a um armazém para a Independência.
O negócio não foi mau. Hoje iria comer.
Depois de comprar a comida e de se refastelar, foi ainda com os cambas a uma pequena festa na Boavista. Lá o cheiro a liamba e a suor enchiam a atmosfera. O que foi acontecendo foi-se desenvolvendo sem controlo. Birra aqui, birra ali, passa ali, passa aqui, troca de carícias além e as coisas tornaram-se mais intensas e quentes. O suor correu e a consumação precipitou-se…
Saindo depois da festa, como pôde, tentava chegar a casa. Ia só.
Ao longe ouviu uma confusão, tiros. Sentiu receio e tentou fugir.
Uma bala foi mais lesta.
A frustração terminaria.
O Sol descansa.
A noite reina.

terça-feira, outubro 24, 2006

VII: África!...

Em África o ritmo é diferente.
Sente-se no ar uma dificuldade em respirar pela humidade, e o calor abraço-nos constantemente.
As pessoas no meio de todo o caos conseguem manter um sorriso aberto e constante que nos contagia e atrai.
Tudo é diferente.
Em tudo consegue-se encontrar esperança.
Simplesmente é África...

"Salvar África com a África" lema de Daniel Comboni

sexta-feira, outubro 06, 2006

De volta o descanso...








segunda-feira, outubro 02, 2006

VI:Rapsódias

Is this the real life -
Is this just fantasy -
Caught in a landslide -
No escape from reality -
Open your eyes
Look up to the skies and see -
I'm just a poor boy, I need no sympathy -
Because I'm easy come, easy go,
A little high, little low,
Anyway the wind blows, doesn't really matter to me,
- to me -,

Mama, just killed a men,
Put a gun against his head,
Pulled my trigger, now he's dead,
Mama, life had just begun,
but now I've gone and thrown it all away -
Mama, ooo,
Didn't mean to make you cry -
If I'm not back again this time tomorrow -
Carry on, carry on, as if nothing really matters -

Too late, my time has come,
Sends shivers down my spine -
Body's aching all the time,
Goodbye everybody - I've got to go -
Gotta leave you all behind and face the truth -
Mama, ooo -
I don't want to die,
I sometimes wish I'd never been born at all -

I see a little silhouetto of a man,
Scaramouch, scaramouch will you do the Fandango -
Thunderbolt and lightning - very very frightening me -
Gallileo, Gallileo,
Gallileo, Gallileo
Gallileo figaro - Magnifico -
But I'm just a poor boy and nobody loves me -
He's just a poor boy from a poor family -
Spare him his life from this monstrosity -
Easy come easy go -, will you let me go -
Bismillah! No -, we will not let you go - let him go -
Bismillah! We will not let you go - let him go
Bismillah! We will not let you go - let him go
Will not let you go - let him go
Will not let you go - let him go
No, no, no, no, no, no, no -
Mama mia, mama mia, mama mia let me go -
Beelzebub has a devil put aside for me, for me -
for me -

So you think you can stone me and spit in my eye -
So you think you can love me and leave me to die -
Oh Baby - Can't do this to me baby -
Just gotta get out - just gotta get right outta here -

Nothing really matters,
Anyone can see,
Nothing really matters -, nothing really matters to me,

Anyway the wind blows...

Bohemian Rapsody, Queen in A Night in the Opera, 1975